Ela não precisava saber aonde iam dar aquelas estradas,
o que importava era o fascínio da andança
o encontro com sapos coloridos e
a despedida daquele eterno lugar nenhum
estradas para Louise eram imagens serenas
o consolo a quem nunca pertenceu a seio qualquer
era dança para quem não ouve notas musicais
o movimento do espírito aleijado
e queria percorrer aquelas veredas, nas noites quentes e verdes em que, sozinha, imaginava a chave que encontraria pelo caminho.
Mesmo descompassada em sua trajetória torta, Louise gerundiaria;
nos sonhos daquelas noites, ela se desconjugaria da paralisia imperativa