por vezes considero as cartas que não foram escritas
verbos que martelam seus azuis pregos soltos
cravados em minha cabeça moinho
os papeis se amontoaram alvos flocos de neve
e a incandescência indecente da lembrança do seu sexo em riste
E se fosse harmonia
se dois se tornassem um e aquelas tolas bobagens todas?
não existiram lágrimas ; Nem o pranto da solidão imperativa
noite dessas sonhei com castelos de grandes taças
líquidos de ebriedade
entornávamos jubilosos goles,
enquanto enunciava minha falsa asperez de carinhos
e o que se notava era a textura das coxas arrepiadas
a da grande caveira mexicana
me diziam maria louca
deparei-me com ângulos vazios
procurei abrigo em qualquer um dos cantos desesperados da sua casa
o azul
os pregos e
aquela sede