quinta-feira, 7 de março de 2013

bite me

em troca, os braços mordidos, navegando na trilha enferrujada que escorria pelos seus pelos
evocarei os sonhos, as promessas. nosso culto em busca de um deleite veloz que falsamente me preenchia. cria em fantasias reais. penas. consumia carnavais perenes. plenos.
nas nossas fronteiras costuramos pesadelos. e era acalento.
prolongo a dor, porque de tudo foi o que restou. me faz ser nós. te despenca em mim e me arrepia.
espasmo que me traz à vida. caminha de mãos dadas ao que me aniquilou.
flagelo lustrado e ânsia pela fricção
busco tons de lilás em olhos alheios e saberei quais são os seus.
conheço o corte causado por sua lambida áspera. a espessura do liquido que escorre entre as pernas.
arrebentado os laços procuro construir nós com o resquício de nossas vísceras.
digerindo estranhos. continuo aqui, na mesma esquina.
prefiro apodrecer ao seu lado.